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Nó Cego e Bengala de Cego

domingo, 16 de maio de 2010

Tudo começou assim...




O que agora será narrado é o início do final feliz. Não importa a ordem. Como diz um certo apresentador de reality show, prefiro assim: o fim e, depois, o início. De qualquer maneira, uma linda história de amor deve ser conhecida de todos.

Tudo começou assim...

No reino desencantado de uma certa casa construída no cume da montanha de uma cidade interiorana morava um Pato. Nascera PatO, mas a sua essência desmentia a sua casca. Era, com certeza, uma PatA e vivia descontente com os rumos da sua história.
O tal PatOA, que por muito tempo viveu em uma casa de cachorro (nas histórias desencantadas, animais diferentes convivem muito bem), resolveu inscrever-se em um programa de TV. Foi lá que ele conheceu a princesa, a rainha, a Diva e, por causa dela, saiu do programa com o tal Milhão. A rainha logo percebeu qual era a daquele ser e saiu do “palhácio” desencantado gritando: “Quem... quem... quem...”
A mãe do PatOA era um Ovo (um ovo estranho, pois não era oval, era redondo). Tudo bem que PatOA é mesmo ovíparo, mas o ovo tinha só Gema. E para misturar mais ainda o reino animal, a tal adorava um Gato. Foi uma vergonha nacional , menos – municipal- quando descobriram essa união. Gema com Gato, fazendo as contas, só podia dar um resultado: 51. E a tal D. Porca 51 (é muito animal junto) dizia para os homens do governo: “Meu filho é o Cãopeão, vocês não podem fazer isso comigo.” PatOA, naquele momento, virou pintinho. E por falar em pintinho... 9 mm é o seu tamanho. Mas aqui começa outra história.
PatOA “queria porque queria” esconder a sua essência (esconder é com ele mesmo, até trabalhos ele esconde, é tudo no invisível). Resolveu, então, namorar uma ... uma... Khalinha. Imagine só a mistureba: PatOA com Khalinha. Podia dar certo? Não deu. Khalinha queria um galo, 9 mm não era o seu manequim, e pulou fora do “palhácio”.
PatOA, um ser alternativo, queria mesmo era misturar os reinos. Considerava-se um precursor, um pioneiro (by Arrudão) e desejava outras experiências. Sentiu, então, que o seu EU encontrava-se no reino vegetal. O encontro mágico já havia acontecido e a escolha fora feita: seu verdadeiro par, acreditem, era um Cenoura. Um Cenourão, para ser bem exata. Que amor!!! Dizem por aí que nas noites geladas do sul, ouvia-se “Meu anjo, vamo que vamo. É nóis, neim. Se atirarem pedras, não importa, faremos um castelo, Babe.”
E aconteceu. Finalmente todos souberam do casamento do ano: “O casamento do Encontro Mágico.”, tão espetacularmente relatado por um tal poeta chamado Acyr. A cerimônia foi, digamos, comovente. Uma cegueta, a Bengala, relatou muito bem. Houve até choro de emoção. Mas um dos noivos, carinhosamente, falou: “Lágrimas são como pérolas.” Lindo, muito lindo!!!
E nós, fiéis depenadoras, ficamos aguardando novidades dessa relação e pedimos a Djaga que proteja os noivos, agora... marido e marido, ou seria... mulher e mulher? Ah, não sei, o que importa mesmo é o AMOR. E viva a diversidade!!!

Por Joaninha Pedro

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