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Nó Cego e Bengala de Cego

domingo, 30 de setembro de 2012

Na época da ditadura ...





É MUITO BEM HUMORADO E VERDADEIRO.
 . .  Na época da 'chamada' ditadura...
 Podíamos namorar dentro do carro até a meia- noite sem perigo de
 sermos mortos por bandidos e traficantes.
 Mas, não podíamos falar mal do presidente

 Podíamos ter o INPS como único plano de saúde sem morrer a míngua nos
 corredores dos hospitais.
 Mas não podíamos falar mal do presidente.

 Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem
 era cidadão de bem,quem era bandido e quem era terrorista,
 Mas, não podíamos falar mal do Presidente.

 Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a
 recepcionista sem correr o risco de sermos processados por “assédio
 sexual”,
 Mas, não podíamos falar mal do Presidente.

 Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei!
 negão!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua
 bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso,
 Mas, não podíamos falar mal do presidente.

 Podíamos cortar a goiabeira do quintal, enfestada de taturanas,sem que
 isso constituísse crime ambiental,
 Mas, não podíamos falar mal do presidente.

 Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de
 carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos
 assaltados, sequestrados ou assassinados,
 Mas, não podíamos falar mal do presidente.


 Hoje a única coisa que podemos fazer...
 ...é falar mal do presidente!

Recebido de Lidia Mendes

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A U S Ê N C I A



Careço do seu amor,
Me perco no nevoeiro denso da paixão,
Esse seu amor que com o tempo perdeu a cor,
Restando só o meu nessa triste lição.
Os frutos vieram com o tempo fértil e rico.
Os saudáveis rebentos foram dádivas,
Agora não há mais o dia do fico,
E não consigo virar essas páginas.
Sou um indigente na estrada da amargura,
O precioso povir virou ficção.
O líquido do amor não mais existe para regar essa verdura,
E a horta vive numa completa solidão.
Não há o que mastigar e engolir
Nem cogitar me atrevo.
Quizera tê-la de novo para te esculpir,
Ou te pintar em alto relevo.
Virei objeto de escárnio.
Estou desprezado pela sorte,
Minha face é de um otário
E até meu andar perdeu o necessário porte.
Paradoxalmente sua ausêcia tomou lugar.
Meu sonho está desfeito,
Não há o que comemorar
E eu padeço em meu leito.
Acyr Gomes

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vida





Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.
Augusto Branco

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Milagre




Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

terça-feira, 18 de setembro de 2012

TÔ VELHO!!! QUE COISA BOA!



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou pela compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, sentir desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou. Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros.
Eles, também, vão envelhecer. Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata. Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca acabe porque vem direto do coração!

e-mail recebido de Julio  Mesquita

domingo, 16 de setembro de 2012

NUNCA SE ENTREGAR



O insucesso nos ensina o caminho do seu antônimo.
O malogro é uma porta para a virada
O desastre nos iguala ao herói Jerônimo
Que errava, mas levantava e  de letra tirava.
Muita vezes temos que roer ossos para aprender,
Pois quando aquartelados procuramos uma saída.
Bem aventurado aqueles que lutam para se restabelecer,
E malgrado os que não se levantam após uma recaída.
O troféu da vitória é melhor que a faixa da queda.
Não devemos permitir o elo perdido,
Procurar sempre a outra face da moeda
Deixando o revés mordido.
O tropeço faz parte da jornada.
O desequilíbrio é um alerta precioso,
Procurando manter sempre a mente acordada
Acabando com o desejo do invejoso.
A canoa furou, mas não afundou.
O remo está inteiro para ser usado bravamente,
A vontade de vencer os obstáculos não mudou,
Então vamos navegar corajosamente.
Acyr Gomes

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

FOGUEIRA DA VIDA



Somos iguais a uma fogueira
Que embora o fogo esteja na base
A primeira a ser consumida é a ponteira,
Que vai queimando fase por fase.
Quando chega ao meio já começa a estalar.
São como nossas juntas à incomodar
Cuja tendência é cada vez mais piorar,
Exigindo de nós um esforço hercúleo para aguentar.
Os alarmes soam como carro de bombeiros.
Pele, juntas, audição e visão,
Se unem como bandoleiros
À incomodarem num perfeito mutirão.
Tentamos nos proteger da melhor maneira,
Mas o coral do incômodo soa bem alto.
Somos uma baita e enferrujada peneira
Que ao joeirar nada segura, indo tudo cair no asfalto.
Se correr o bicho pega,
Se ficar o bicho come,
Não há como fugir dessa esfrega
E a dor incômoda não some.
Alguns olhares de interrogação nos dirigem.
Desconhecem como é difícil seguir o caminho,
Inda mais quando chega a vertigem,
Só restando mesmo é pedir um colinho.
Para nós o semáforo tá sempre no vermelho.
Ficamos esperando o verde para avançar
E novamente sair pulando que nem coelho,
Mas no final, viramos mesmo é cinzas de tanto queimar.
Acyr Gomes

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

REUNIÃO DA FAMÍLIA






"FAMILIA" - Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo.


"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir...Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete." 

E-mail recebido de Roseli Dias

sábado, 8 de setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A C A B O U !!!


Não adiantou agarrar nas cabritas e colher as suas azeitonas.
Nada serviu para ouvir o bééé do cabrito.
Mostrou tudo, até àquelas zonas,
Mas de nada serviu, pelo visto!!!
Achava que tinha poder nas suas curvas,
Curvas sinuosas em montanhas de carne.
Mostrou tudo para as turbas
Completando ao tentar jogar seu charme.
Depois deu de cara com o precipício,
Tentou pular fora, mas era tarde,
E com tanto intrutífero sacrifício,
Desmoronou sem qualquer alarde.
Triste Nicoderm pintada de preto,
Pois esta é a cor do seu EU.
Agora, seu destino é o gueto
Onde todos sabemos que se ...
Acyr Gomes

domingo, 2 de setembro de 2012

TRILHANDO OS CAMINHOS



Sempre haverá esperança em nossos caminhos.
Hoje, nuvens negras e fortes chuvas ocupam o céu,
Amanhã, um lindo dia nos fará sonhar,
E a bem aventurança nos cobrirá com um lindo véu.
O caminho, as vezes árduo, abre uma variante
E este novo trilhar nos faz amar mais ainda a vida.
Antes, as pedras nos faziam andar claudicante,
Agora, a paz tão perseguida.
A felicidade é como agulha no palheiro.
Ela é difícil, mas temos que correr atrás,
Ela é a joia e nós o garimpeiro
A qual precisamos encontrar e que nos compraz.
Os raios solares atingem todos os cantos,
Mas precisamos sair das sombras para receber a luz.
Sorrir é necessário ao invés de prantos
Procurando ter a alma gêmea que nos induz e conduz.
Acyr Gomes

sábado, 1 de setembro de 2012

VIVI, A VITORIOSA !!!



Deturpando um pouquinho,
Digo que a vitória é um prato que se come frio.
Assim deve ter se sentido a Vivi, neste joguinho,
Cuja adversária, em potencial, não tinha qualquer brio.
A corrida para os dois milhões era a principal meta,
Mas a corrida para desbancar a outra era pessoal.
Seu pulo de satisfação parecia uma flamejante seta
Que atingiu de maneira visceral.
Tava igual uma garota ao ver o Papai Noel,
Enquanto que do outro lado o fogo apagou.
Tudo por causa do magnífico Grahan Bell
Que lhe deu a vitória que nem o cabrito negou.
Viva a Rainha do samba carioca,
A Vivi do Salgueiro.
Enquanto a outra sai recebendo mandioca,
A Campeã sai com  bolso cheio de dinheiro.
Acyr Gomes

livefyre