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Nó Cego e Bengala de Cego

quinta-feira, 10 de abril de 2014

CONTRADIÇÕES


Chutei o balde da dor,
Mas não para o amor.
Chutei a necessidade,...
Porque já não tenho tanta idade.
Chutei o surrado,
Porque já estou mais que malhado.
Abracei a inatividade,
Porque já não tenho mais a mocidade.
Deixei de votar,
Para não mais vomitar.
Chutei a animosidade,
Para só curtir a amizade.
Perder as estribeiras,
São aqueles que só falam besteiras.
Andava desconfiado,
Mas descobri que na política só tem safado.
Caveira quem te matou? Diz prá mim,
Sem qualquer dúvida foi o Caim.
Chutei a falsidade
E abracei a lealdade.
Chutei a clausura,
Para viver a liberdade com fartura.
Não devemos nos privar da gentileza
Porque faz parte da nobreza.
Todo libertino,
Só vive em desatino.
Qualquer degenerado,
É um aloprado.
A rapidez da nossa justiça,
Caminha como a preguiça.
Incinerei a maldade,
Para viver em bondade.
A vestimenta de um reputado,
Não veste um Deputado.
Jamais um Senador,
Calçará a luva de um honesto legislador.
A vida de um malicioso,
É igual a pele de um leproso.

Acyr Gomes

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