O TEMPO É AMIGO DELE MESMO.
O que fazemos é segui-lo descendo ou subindo a rampa
Com direção ou a esmo.
Ele não dá trégua
E quando não temos nada para se fazer,
Precisamos acupá-lo percorrendo nossa diária légua
Com sacrifício ou algum lazer.
O prazo? Não nos é dado.
Não consta nele a data de vencimento,
Com ele escutamos e dançamos o frevo ou o fado
Com renovações constantes no nosso conhecimento.
Ele é o passado, presente e futuro
E já estava aqui quando chegamos.
Partimos quando cumprimos nosso enduro,
E ele continuará recebendo outros humanos.
Ele é nosso berço no começo e no fim,
Com ele a fila não pára
Tanto faz ser Abel ou Caim
Não interessando se é feio ou bonito de cara.
Leste, oeste, norte e sul
Todos seguem seu ritmo sem vacilar.
Se o dia tá nublado ou céu azul,
Tudo será como ele determinar.
Dê tempo ao tempo,
É um ditado que usamos com frequência
Quando há um contratempo,
Mas ele tá pouco lixando pela sua consequência.
Acyr Gomes
http://js-kit.com/api/static/pop_comments?ref=http%3A%2F%2Fncego.blogspot.com%2F&title=N%C3%93%20CEGO%20E%20BENGALA%20DE%20CEGO&path=%2F&standalone=no&scoring=yes&backwards=no&sort=date&thread=yes&permalink=http%3A%2F%2Fncego.blogspot.com%2F&skin=echo&smiles=no&editable=no&thread-title=Echo&popup-title=N%C3%B3%20Cego%20e%20Bengala%20de%20Cego&page-title=N%C3%93%20CEGO%20E%20BENGALA%20DE%20CEGO
