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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A ROCHA DECADENTE


Como tantas, houve cescimento,
E naturalmente com o passar dos anos
Tudo foi se criando em acompanhamento,
Onde aconteceram muitos ganhos, mas também alguns danos.
Chegado o crescimento ideal
O retrocesso da vida começa a agir,
E o tempo, inexorável tempo, se faz leal,
E a massa começa a ruir.
Vento, chuva, sol calor e frio,
Usam seus naturais na devastação.
Tudo começa a se tornar sombrio,
E pouco a pouco se passa a andar na contramão.
O cuidado muitas vezes não foi adequado,
E o hóspede indesejável do engano chega para residir.
Sobre a mesa o rico alimento é desprezado,
E na encruzilhada a indagação: E agora, prá onde ir?
O caos aos poucos vai tomando conta
E o aborrecimento pelos erros contínuos, se torna claro.
Lá no final a tempestade amedronta
E a conclusão é que somos feitos de barro.
Acyr Gomes

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