Vendo a beleza do sol da manhã
Cobrindo com seus lindos raios a maravilhosa cidade,
Lembro de momentos em Barão de Juparanã
Onde conheci àquela que só me deu felicidade.
Recordo o imenso jardim com suas palmeiras
Apontando para o céu azul de anil,
E das traquinices primeiras
Que eram constantes em minha idade juvenil.
A estação da Estrada de Ferro
Com seu relógio, agora parado,
Me traz lembranças que chegam com berro
Ao meu ser, outrora sarado.
O Rio Paraiba, ao longe, corre tranquilo
Onde recordações continuam a chegar,
E nelas me vejo a pescar sendo observado por um esquilo
Que parece se perguntar: Será que ele vai algum peixe fisgar?
Dividindo as ruas, nos trechos mais abertos,
Para um tráfego pouco explorado,
Amendoeiras nos davam sombras em espaços incertos
Onde seus moradores jogavam o carteado.
Recordar é viver, dizia a tia Marocas.
E vou revivendo àqueles momentos incríveis
Onde se comia, no café, broas e mandiocas
Que se tornaram inesquecíveis.
Acyr Gomes