Na sua juventude ela era linda parecendo uma princesa.
Da família era mais bonita e cobiçada pelos rapazes da localidade.
Conheceu um não menos lindo príncipe, que igualmente era alvo das meninas.
Filho de sírios com os cabelos negros e olhos azuis da cor do céu. Trocaram por algum tempo juras de amor. Como a princesa era pobre e o príncipe rico, sua família (do príncipe) arranjou um casamento para manter o poderio financeiro. Àquele amor lindo foi despedaçado.
Ele casou-se e foi embora para outra cidade e nunca mais voltou.
Ela, sofreu por muitos anos e se recusava a conhecer outra pessoa.
O tempo passou e passou, e por insistência conheceu e casou-se com um senhor que tinha o dobro da sua idade.
O príncipe casou para manter as finanças da família inabaláveis, e a princesa casou para tentar esquecer o seu príncipe.
Deste casamento (da princesa) nasceram duas meninas, não tão belas, mas bonitas.
Após o nascimento da segunda o marido faleceu e ela criou-as com a ajuda de seu pai, já bem idoso, que deu-lhe cobertura dentro do possível.
O vovô também faleceu e ela se viu obrigada a trabalhar para educar as filhas.
A primeira entrou no ramo hoteleiro e conseguiu seguir em frente.
A segunda se formou em advocacia e está prestes a entrar para o Tribunal de Justiça.
Recentemente visitando-a e jogando conversa fora me deu vontade, embora muito receoso, de perguntar sobre o príncipe. Ela me olhou por longo tempo e com os olhos úmidos respondeu-me: Nunca o esqueci. Lembro-me dele como se fosse ontem.
Nós nos abraçamos e nos consolamos.
Eu tive a felicidade de encontrar a minha princesa e viver ao seu lado por muitos anos, graças a Deus.
Resolvi contar prá vcs esta história que marcou a vida da minha mana, CREUZA.
Acyr Gomes