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Nó Cego e Bengala de Cego

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Carrinho de rolimã




Que saudades me bateu
De um tempo que ficou pra trás
Eu me divertia tanto
Com meu carrinho de rolimã
Descia a ladeira abaixo
Feito bala de canhão
Vivia todo esfolado
Com cicatrizes por todo lado
Por conta de minhas proezas
Minha mãe não sabia
Do segredo das corridas
Faziamos apostas diversas
Para o primeiro colocado
Valia uma roda nova
Ou até uma nova tábua
Coisas simples
De crianças simples
De brincadeira simples
Hoje não vejo mais carrinhos como o meu
São todos tão encrementados
Com controle remoto, fibra especial
Não se pode nem sair às ruas
Que logo chega um para levar embora
Como em pouco tempo o mundo mudou
Os costumes mudaram e tbém as brincadeiras
Hoje o contato com os amigos é virtual
Como nos machucarmos virtualmente?
Como sentir a alegria da vitória?
Como sentir o vento na sua cara?
São coisas tão banais ....mas que fazem muita falta
Acho que nestes tempos
Falta muito calor humano
Estamos nos acostumando
A ficarmos cada vez mais sós
Uma pena.... porque ter amigos é tão bão...

livefyre