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Nó Cego e Bengala de Cego

terça-feira, 22 de março de 2011

Não me dêem o poder .

Na vida tenho alto e baixos
momentos de pura alegria
outros de imensa dor
mas a maior tempo
vivo momentos amenos
diria mornos , reais
Da vida recebi muita coisa
as vezes , ou na maioria das vezes
esqueço de valoriza-las
de ficar feliz com o que tenho
e não ficar triste com o que não tenho
sei que é difícil , afinal só sou humana
mas algumas coisas valorizo muito
preso e agradeço os amigos que tenho
agradeço desconhecer se tenho inimigos
conhecimento que considero
inútil e desnecessário
valorizar o meu salário
conquistado por merecimento
ficar feliz qdo no fim do mês
sobra algum tostão
para uma extravagância
agradecer ter um filho com saúde
sem vícios e outras mazelas
as vezes apenas não tão educado como gostaria
não ser egoísta, perdulária ou mesquinha
isso penso que não sou
mas confesso que a vida não me testou
se como não quero ser testada
peço que não me dêem o poder
porque ao acreditar-se poderoso
o ser humano se revela
e os defeitos , todos eles , sublimados
nesse momento se destacam
tomam conta de vc
e vc acaba mostrando
o que de mais podre
existe no seu ser
seja o poder recebido pela caneta
ela passa de um invenção útil à uma arma
com ela e o poder vc se engrandece
e acredita que tem o direito
de mandar e desmandar
de prender e soltar
poucos são os capazes
de usa-la com equilíbrio
e senso de justiça
seja o poder recebido
em troca de um dom
de jogar bem futebol
de ser um ator ou cantor de sucesso
enfim o poder vem paralelo
à alguma coisa conquistada
ele não é inerente ao sucesso
mas o dono do sucesso
fácil , fácil acredita nele
e começa a mostrar
um lado oculto até então
e passa a ocultar suas virtudes.

Este texto é dedicado á Susanas , Dados e Chorões da vida.

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