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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O DIFÍCIL CAMINHAR



Caminhar é necessário,
O dia a dia faz parte deste glossário.
A dor, o desconforto, são alguns inimigos para vencer,
Pois a reserva está bem à quem do poder.
No horário do meu caminhar diário,
A maioria já fez a curva do vento.
Se for preencher um sumário
Escreverei que não há tanta força para movimentar um cata-vento.
O dinamismo para vencer as constantes barreiras
Fica a me olhar de esgueira.
Quantas vezes dá vontade de pendurar as chuteiras,
Mas de olho na medalha da honra, alimento esta fogueira.
O apalpar do terreno do corpo é constante,
Tento me prevenir para o possível.
Com o prumo tento manter o equilíbrio, já claudicante
E com andar inseguro fujo do clímax terrível.
Algumas vezes a afoiteza me alcança
E a audácia levanta a bandeira.
Incorporo o Dom Quixote de La Mancha
Na minha imaginação sem eira e nem beira.
A cavidade destinada ao tutano cresceu.
O ombro outrora esguio e altivo, murchou,
Dando lugar ao prometeu
E o líquido da esperança vazou.

livefyre