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Nó Cego e Bengala de Cego

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DEVE, PAGA




Com um rato do deserto, que poderia ser pato,
Ele surgiu quente e frio.
Quente para tramar, um fato,
E frio para enganar, criando um horrível trio.
Ao pódio mais alto foi elevado,
E muito bem assessorado, infantilmente,
Abocanhou o prêmio tão almejado
Sem dar a entender da sua índole doente.
Promessas e juras vieram, como as suas suiças,
E endossado pelos fraternos do mal
Cultivou no seu canteiro as hortaliças
Que guardava em sua cavidade visceral.
O golpe do, toma que o filho é teu, chegou sem avisar.
Nesta hora o eu, eu, eu, ficou a ver navios.
Se fosse negar, a incerteza ficaria no ar,
Então o remédio foi aceitar os desvios.
Quem deve paga as dívidas contraídas,
Para isto existe as Leis dos homens de bem.
Não adiantará forjar recaídas,
Pois terá que pagar vintém por vintém.

Acyr Gomes

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