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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

S O N S


 
Não desejo ser um trovão para te espantar,
Nem um raio para te fulminar,
Só desejo zoar para te fazer rir
E com suas risadas meus ouvidos entupir.
Gosto do silêncio sutil,
Se possível usar meias de lã evitando o ruído.
O brado em mim faliu,
E o barulho deveria ser banido.
De repente pareço ser chato,
Mas convenhamos, barulho demais só em penhasco.
Lá é gostoso se ouvir o eco,
Lá é colossal o repeteco.
O eco não modifica o que foi gritado.
Ele é fiel ao som original.
O que vai,  retorna puro como foi enviado
Pois ele não se faz de terminal.
Morar na roça tem vantagens imensuráveis.
Pela manhã é lindo o cantar do galo.
Na mesa, o fumegante café coado por mãos admiráveis,
Quem já curtiu isto sabe o que falo.
O gazeio das andorinhas é lindo,
Até o zunido da abelha é diferente.
Lá o apito do trem não tem quase,
E o cocorico é atraente.
 
Acyr Gomes

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