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Nó Cego e Bengala de Cego

quinta-feira, 6 de junho de 2013

C O N D E N A D O




Mais uma vez lanço a isca e tento fisgar,
Mas tudo continua inalterável.
Não sei onde mais procurar
E com isto o débito vai se tornando incontrolável.
Limites sem precedentes são atingidos
Acreditem se quiserem no dito,
Pois a fartura de valores já bem combalidos
Dormitaram como um falecido.
Sem nada ver diante do nariz,
E com a fraqueza das faculdades avançadas,
Tudo se parece como a meretriz
Que se profana até nas calçadas.
Procuro entender esta fase tão prolongada.
Vivo no escuro como um cego,
Chegando a acreditar que tô numa furada
Afundando nas águas escuras como um prego.
O lume da esperança perdeu sua luz.
O leme do destino foi achado sem rumo.
O paladino está coberto com um grande capuz,
E o equilíbrio do conhecimento está sem prumo.
A carta branca do saber me foi tirada,
Engaiolado estou entre pesadas paredes de aço,
E condenado ando por esta horrível estrada
Sendo guiado por um maldito laço.

Acyr Gomes

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