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Nó Cego e Bengala de Cego

domingo, 29 de maio de 2011

RECORDAÇÃO



Se tivesse o poder de retornar ao tempo passado,
Indo e vindo como bem entendesse
Montaria num cavalo alado
Para que meu desejo prevalecesse.
Voltaria a ser feliz fazendo ressurgir
Aqueles momentos tão lindos
Que um ser me permitiu ver e sentir,
E que para mim jamais seriam findos.
Nessa viagem um imenso exército iria comigo,
Um exército de seres cheios de amor e carinho
Oriundos dela que nos deu abrigo
E que oferecia diariamente o seu colinho.
Momentos divinos tivemos para não esquecer,
Onde um elo de compreensão se fez presente
Diante da magia daquele maravilhoso ser
E do qual não dava para ficar ausente.
O sono virou o inimigo diário.
A labuta frequente foi ficando de lado.
Férias? Eram exigidas do calvário
Para ficar vendo-a dia e noite no tablado.
Angústia e dores sofremos unidos,
Suas alegrias eram o nosso alimento,
E neste mar de tormenta e calmaria possuídos,
A nossa fortaleza era nosso condimento.
Recordar é viver, como dizia a tia Marocas,
E desta fase da nossa vida tão renhida
Queremos ser como as Docas
Para receber sempre esta mulher tão querida.

Acyr Gomes

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