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Nó Cego e Bengala de Cego

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Passado que quero esquecer......


Fiquei pensando estes dias no passado
Coisa que não gosto muito de fazer
Pois o passado para mim não foi muito bom
E ainda bem que já passou, ficou para trás
Não vou mentir como muitos o fazem
E dizer que a minha infância foi maravilhosa
Ela foi quase normal, apesar de minha revolta
Apanhava muito dos meus pais, as vezes sem saber o porque
Leva-va tijolada, fio de ferro, cintadas....
Minha mãe jogava o que tinha na sua frente quando queria me bater
As vezes até me preparava com muitas roupas para apanhar
É que eu sabia que quando meu pai chegasse minha mãe contaria a ele
Todas as minhas aventuras de criança, e lá vinha umas cintadas antes de adormecer
As vezes quando eu sabia que minha mãe estava nervosa comigo
Eu subia no telhado da casa e ficava lá até quase o anoitecer
Mais ai a fome aumentava e eu tinha que encarar a vida outra vez
Foi assim minha infância, além é claro de meu pai sempre beber
Ele não queria que eu tivesse amigos homens, imagina uma menina
Sem nem saber o que é a vida, não poder ter amiguinhos homens
Eu sempre fui teimosa, e tinha amigos e amigas na rua inteira
Mais quando meu pai me pegava conversando com um deles
Me xingava de tudo quanto era nome que na época nem sabia o porque
Acha mesmo que gosto de lembrar desta época, não mesmo, quero esquecer
Me achava uma pessoa feia, magra e sem graça, vai lá saber o porque
Na minha juventude também não fui muito feliz com meus namoros
Acho mesmo que não tive sorte com nenhum deles até me casar
Foram muitos namoros, e muitas desilusões......
Quando eu gostava de um ele não gostava de mim
Meu primeiro namorado, após a gente terminar
Foi namorar minha melhor amiga, chegaram a ficar noivos
Meu segundo namorado, me traiu com sua vizinha
E olha eu era muito apaixonada por ele, ia até ficar noiva
Só de raiva eu comecei a namorar ele e mais outro
Mais na verdade eu fiz isto por pura dor de cotovelo e terminei
Quanta coisa ruim eu passei, não gosto mesmo de lembrar
Tem até aquelas mais doidas que nem é fácil de falar
Um exemplo foi quando minha mãe me tocou de casa
Fez minhas trouxas em sacos de pano e colocou para fora da casa
Deixou um dinheiro no saco que até hoje não sei bem porque o fez
Talvez porque eu me sentia melhor na casa de minha amiga
Onde havia uma família um lar e muita alegria
E lá eu me sentia super bem, não saia da casa dela
E um dia após dormir em sua casa quando voltei achei minhas trouxas feitas
Não consegui perguntar o porque, somente carreguei e fui morar com minha irmã
Esta só foi uma das minhas lembranças da vida que já passou
Não sinto saudades, sinto tristeza, fico feliz que tudo se foi e só ficou na minha lembrança
Ainda bem que o tempo cura, as feridas que a gente tem
Mas as cicatrizes são para sempre, e quando paramos e olhamos para elas
Vem tudo de uma vez, mesmo a gente querendo esquecer.


livefyre