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Nó Cego e Bengala de Cego

terça-feira, 23 de agosto de 2011

QUER MOLEZA? VAI NO BALAIO


Com a idade já vançada
O repouso almejado, paradoxalmente, cria ação
E a tranquilidade tão esperada
Não encontra a sua estação.
Passamos então a indagar:
Não seria melhor no trabalho mofar,
Ao invés de permanecer no lar,
Para os trabalhos doméstcos enfrentar?
Na empresa, café, telefone e alimento de graça,
Tudo prontinho ao nosso bel-prazer.
No lar, os afazeres nos abraça
Dizendo: Vem, você tem o que fazer!!!
E continuando diz: Deixa de moleza e caia na real,
E não vá esquecer a roupa no varal!!!
Quer moleza? Vai no balaio,
Dizia um anunciante, de soslaio.
Bem antes de completar os oito aninhos
O labutar diário já toma seu lugar
E ainda com as asas de anjinho
A tarefa vem nos ocupar.
O trabalho dignifica, mas tudo enjoa,
É como caminhar num convés de popa à proa
Fazendo aquele trajeto dia após dia,
E para piorar recebendo respingos de água fria.
O que faz compensar é o porto do amor
Onde a amada está com seu frescor
A esperar e abraçar nossas vidas
Tornando tudo novo, mesmo com idades já envelhecidas.

Acyr Gomes

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