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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 23 de março de 2012

CHEGANDO AO FIM




Quando tudo parecia ser mais uma etapa vencida,
Eis que surge uma espécie de sombreiro
Deixando tudo numa escuridão batida
Fazendo com que caísse num grande bueiro.
De um futuro planejado
E vendo ao longe o cifrão acenando,
Caminhava com seu andar encenado
Sem perceber o que o destino estava reservando.
Com a testa ainda mais enrugada
E pose altiva, não desconfiava
Do tombo que levaria em sua jornada,
Pois nem o livro de auto ajuda que se fiava
Fez mudar sua caminhada, agora acabada.
A realidade que aqui fora visualizamos,
Para ele era impossível lá dentro da casa ver.
Por mais que o pial ajudasse nos planos,
Creio que foi muito difícil na hora, o seu perceber.
Lá dentro não se enxerga um palmo diante do nariz.
Os risos, ora verde, ora amarelo dos participantes
Fazem a festa numa velocidade motriz,
Sendo pior ainda entre os casais ficantes.
Desacostumados com aquele ambiente tão inseguro,
As lições, para quem deseja aprender,
Tornam-se tão fortes como solo de enduro
Onde as sacudidelas não se pode conter.
Mais um fora da casa.
Mais um som lá de dentro não se fará ouvir.
Em consequência diminuirá a farsa
E quando tudo acabar, o silêncio dominará e a casa irá dormir.

Acyr Gomes

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