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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O súdito e a rainha


Não sei quando uma pessoa ou mais
Vão conseguir entender que uma coisa não existiu
Não vingou, não ocorreu, não se materializou
Ficou somente no subconsciente
E dele ninguém mais se lembra
Somente se for forçado ou lembrado por outro
Pode ser que a farsa tenha sido perfeita
Mas as atitudes não condizem com o que foi dito
Nem com o que foi feito
Não nego que um dia também acreditei
Mesmo sendo um pouco cega, uma hora me toquei
Que sentimento é este que degrada e degenera
Que mal diz e mal faz
Não, com certeza não é amor
Também não é amizade, amizade acolhe
Pode ser que tenha sido paixão
Acho que não, a paixão enlouquece
Não deixa você raciocinar nem mesmo negociar
Talvez tenha sido uma sociedade
Pode ser, mas um dos sócios pulou fora
E deixou o outro a ver navios
Então não deve ter sido uma sociedade
Quem sabe uma vingança
Pode ser, porque um dizia que queria ser rainha
O outro dizia que seria somente um súdito
Mas na verdade o súdito queria todo o reino
E a rainha como toda boa rainha
Deixou que seu súdito apreciasse o reino como seu
Mas na verdade ela sabia que quem nasce para ser súdito
Nunca chegará a majestade
Ele tentou roubar o seu reino
Se associou a uma plebeia fuleira
Fez de um tudo para o reino ganhar
Tentou até num dado momento
Com a honra da rainha acabar
Mas na hora de ser aclamado
Foi injuriado pelo seu povo
E a rainha voltou a reinar ......

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