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Nó Cego e Bengala de Cego

domingo, 23 de outubro de 2011

G I N A S T A S



Com graça, beleza e queixo empinado,
Elas pisam com a ponta de seus pequenos pés
O solo para mostrar seu reinado,
Sendo vigiadas pelas rivais, de viés.
Com desenvoltura e muita graciosidade
Fazem seus movimentos de pura magia,
Com alguns lentos e outros com velocidade
Deixando alguns, mais chegados, com taquicardia.
Com roupagens de rara beleza
E com seus cabelos em coques enfeitados,
Desfilam com movimentos de muita sutileza
Ante olhares pasmos e estatelados.
A bola parece estar colada na palma da mão,
Deixando todos os presentes sem fôlego.
Rolam, rodopiam e pulam parecendo um pião
Onde não há vez para o trôpego.
O sorriso franco e aberto não falta.
Os movimentos dos braços e mãos são constantes,
É como se estivéssemos sob a luz da ribalta,
Vendo verdadeiras ninfas tão deslumbrantes.
Somos despertados desse sonho belo e espetacular
Quando tudo pára ao terminar os movimentos.
Pudéssemos ficar olhando sem cessar
Curtindo as belas naqueles incríveis momentos.
Saindo orgulhosamente de cena,
Caminham levemente
Sobrando para nós, que pena,
As imagens que ficarão eternamente.

Acyr Gomes

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