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Nó Cego e Bengala de Cego

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

AMOR PROIBIDO



Amor proibido
É igual a um raio de trovão
Chega luminoso e aquecido
E queima que nem brasa de carvão.
Por instantes ilumina tanto que perdemos a visão,
Mas seu som fica em nossa mente
Deixando uma grande confusão
Que nos faz ficar até demente.
Um aperto de mão, um olhar fugaz,
Traz o amor proibido agregado
Acabando a tão sonhada paz
De um viver tão sonhado.
É como o espolcar de um facho de luz
Onde toda uma cena é fotografada
E quando revelada nos conduz
Ao desejo que tivesse sido velada.
Tem aquele proibido e duradouro
Que é o pior de se enfrentar,
Onde o desejo é um sorvedouro
Que não se quer abortar.
Este atrai que nem um imã
Que quando cola não deseja separar
Cuja atração é tanta que tudo rima
E que não dá nem para respirar..
A palavra proibido não existe
Quando o amor repentino chega,
Pois ele é um verdadeiro alpiste
Que alimenta aos poucos e conduz à sega
Onde este sentimento sabemos que existe
E que nos faz perder o rumo e andar à cega.
Tem o proibido do armário,
É aquele que não tem a luz do Divino
Que muitos fazem como santuário
Desse amor tão traquino.
Bom mesmo é aquele que se pode viver
Pois nos dá conforto e prazer.
É amor para fazer o Senhor engrandecer
Aos que fazem por merecer.

Acyr Gomes

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