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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 13 de julho de 2012

D E S T I N O



Qualquer direção que tomamos visamos nosso progresso.
O dotado de caráter procura viver de maneira ilibada,
E como prêmio virá o sucesso
Que servirá de modelo para a sua ninhada.
O inteiro de virtudes é difícil de se encontrar.
O elogio, as vezes demasiado, traz armadilhas.
A humildade se despede e cede o seu lugar,
E a bem aventurança se perde nas trilhas.
Nem sempre o apogeu é fácil de digerir,
E a estrada passa a ter mil empecilhos.
A pureza e inocência não tem prá onde ir
E os bons costumes saem dos trilhos.
O apego das coisas fúteis faz parte deste rio
Cujo destino, agora, é o abismo.
A sordidez é um dos itens deste arroio frio
E diante de tudo isto se despede o altruísmo.
O desvio de conduta nos pega de surpresa.
A sombra do mal gruda como carrapato,
E o líquido fétido fica na represa,
Restando o couro surrado da sola do sapato.
Outrora brilhante como a estrela Dalva,
Agora, o desvio faz tudo se ofuscar.
A cabeça repleta de fios da virtude se acha calva
E como um réu condenado, o que resta é se lamentar.
Acyr Gomes

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