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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 6 de julho de 2012

TEMPO PARA TUDO



Quando jovem o tempo é curto para tanta ocupação,
Quando idoso procuramos ocupação para tanto tempo.
O tempo passa tão rápido que se perde a noção,
Mas com a idade ele passa calmo e lento.
No começo há tanto para aprender que o tempo não cabe,
Parece o vapor que sai da chaleira que num instante se esvai.
Com a proximidade do fim não se sabe
Se ele tá chegando ou se vai.
Na juventude se procura diariamente um novo tempo,
É a promessa de uma nova era.
No finito, procuramos nos esconder de qualquer advento
Pois a chance passou, isto é vera!!!
No auge da juventude, sonhos e fantasias.
Viver intensamente é o desejo de todos,
Não existe maldades e hipocrisias
Onde a nau da felicidade não pára com lodos.
Mas chega a hora da realidade nua e crua,
É a passagem da imaturidade para a reflexão.
Num piscar de olhos nos encontramos no meio da rua,
E nessa encruzilhada da vida o coração palpitante está na mão.
Agora, chegou o tempo do passo lento.
Agora, o caminhar é vagaroso e curto.
Tudo tornou-se frágil como o próprio tempo,
Pois chegou o momento de prestar contas ao justo.
Acyr Gomes

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