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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A B A N D O N O





O silêncio domina àquela mansão
E os sons se ausentaram do espaço,
Pois o locatário não quer aprender a lição,
E nenhum "amigo" vem lhe dar aqule abraço.
Quando a Luz, Divina Luz, ali morava,
A alegria era frequentadora diária naquele lar,
Mas Ela se retirou e o lugar tornou-se uma alcova,
Onde na cama grande tudo ficou de pernas pro ar.
O abandono e a sujeira
Acharam por bem fixar residência,
Para a alegria total da Gema porqueira
Que dizia: "Não limpo por não ter paciência".
O zzzzzzz domina àquela mansão,
Ali só quem trabalha são abelhas fazendo mel
E o único macho na casa é o zangão,
Enquanto o locatário, que se diz homem, fica aplicando rímel.
Belo final para esse ser abominável,
Que junto com os "amigos" fizeram muitos churras,
Mas agora só se ouve o indomável
zzzzzzzz que ele conseguiu com suas burras.
Parece mais a casa do homem (?) sem alma
Que ao abrir a mão e olhar sua palma
Não verá o "M" e sim o "P" de Pato
Pois do jeito que age, será sempre um gaiato.

Acyr Gomes

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