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Nó Cego e Bengala de Cego

sábado, 25 de abril de 2009

Cenas da vida irreal


Não era para ser desta forma
O castigo virou alegria e depois dor
Castigo para quem o recebeu
E dor para quem assistiu
No início foi até muito bonito
Ficamos até alegres com os gestos de carinho
Como numa família de mentira
Um casal com um filho para cuidar
Mas o imaginário nos traz muitos enganos
Coisas passadas que não queremos jamais lembrar
E vimos a imaginação acelerar
Sem querer vimos a dor de uma mulher
Que ao ver-se sozinha, mesmo sendo encenação
Doeu demais o meu coração
Assim deve ser a vida de muitas outras
Que numa hora tão importante
Se vê sozinha na vida
Sem saber o que fazer de sua vida
Talvez não tenham percebido a grandeza
E a lição que dali se tirou
Não existe produção independente
Qlq mulher quer e precisa
De um companheiro ao seu lado
Se sentir amada ou apenas amparada
Engana-se quem acredita que um pai pode ser ausente
Ficam resquícios da sua negligência
Sofre a mãe e sofre o bebe
Como sofreu a Fran ao reviver e avaliar
O abandono de sua mãe
Como feriu o Max ao pensar na sua tb
As duas mães com história de vida diferentes
Clara abandona um filho por não poder criar
Vanda cria a sua sozinha e afastada do pai
Sem entrar no mérito e julgar
Quem está certo ou quem tem razão
Viu-se em Francine uma moça carente
Que ocultou o descaso do pai
O que ao ser revelado a desnudou
Necessitou revelar seu roubo juvenil
Corrigido pela mãe num ato de educação
Seriam esses os seus maiores segredos ?
E o que me espantou
foi colocados no mesmo patamar
e o que deveria ser brincadeira
ou apenas um castigo aplicado pelo monstro
O monstro que todos nós temos
Porque de fato não somos só anjos
Detonou conflitos e sentimentos
Avivou magoas antigas
Adormecidas em um canto
Mas de fato não esquecidas
E ainda não superadas
São feridas fechadas
Mas não cicatrizadas.

Nó & Bengala

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