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Nó Cego e Bengala de Cego

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MINHA ETERNA PAIXÃO



Suas mãos eram pequenas que cabiam dentro das minhas.

Pequenas iguais a ela, mas de grande significado como amor e fé.

Amava demais àquelas mãozinhas

E a dona nem precisa falar, né?

Deus a colocou na minha direção

E às vezes me perguntei: Por que fui premiado

Para caminhar junto daquele ser de grande coração

Tornando-me por 30 anos seu aliado?

Amei àquele ser como ninguém amou.

Respeitei-a como manda a lei do Senhor,

Pois ela me conquistou e encantou

Com seu jeitinho simples, mas de enorme valor.

Quando ela vinha da missa no domingo já findo,

Toda de branquinho com sapatinhos pretos de verniz,

Olhava para mim e dava àquele sorriso lindo

E meu coração quase saía pela boca de tão feliz.

O fogo do amor que ardia no peito era dominante,

Meu olhar se perdia no horizonte com sonhos da paixão.

Se me chamassem estaria distante

Onde só me interessava ganhar seu coração.

Naquele periodo de puro fascínio

A ingenuidade nos dominava completamente,

Onde o nosso amor nunca conheceu o declínio,

Pois o elixir da paixão era permanente.

Crescemos juntos e o amor igualmente.

A necessidade de estarmos unidos era nosso pomar

E os frutos foram chegando naturalmente,

Frutos que ELE veio abençoar.

Mas a natureza, cruel natureza, cumpriu seu dever,

E ela foi embora para sempre, me deixando.

Foi para mim muito difícil, mas procurei compreender,

E até hoje mais e mais, a continuo amando.



Acyr Gomes







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