Para quem se porta como politicamente correto,
Melhor seria um belo elogio, honroso e breve
Para o bom-mocismo auto propagado, um parabéns, um boa sorte entre dentes
Ficaria bem na fita, que não anda nada bonita
E depois, vamos adiante, senão o tempo esgota
A bunda murcha e o cabelo cai
Mas há o medo dos desesperados, que precisam deste amor não sei pra que
Pois não dormem seu sono, não beijam com suas bocas, não pagam suas contas
Amigos já são, mas algo fica faltando, para animar as tardes sem assunto
Ah! como precisam juntar 2 + 2, nem que disso nasça 5, mula sem cabeça,
uma pedra ou um pinto
Está determinada a missão:
Não darão trégua nem respiro, planejando golpes,
Inundando as caixas postais – se precisar, amarra !!!!!
Tudo minuciosamente planejado, com obsessiva minúcia:
Para juntar dois que não têm grande coisa em comum, que os faça UM
“Pobre traste me tornei, tanto e tanto me preparei
Mas a louca não domei, diante de seu equilíbrio me calei
Com sua maturidade me espantei, sua sapiência não enxerguei
Cai e antes que alguém visse, me levantei
Digo e afirmo, estou bem, vivo como quero
Sigo a trilha que sempre me foi familiar, a dançar, dançar, dançar
Mas que vida, o que foi acontecer? Nem se quiser e puder voltarei
Tentei ser certinho, não me apeguei
E pobre traste me tornei, aos que amei apedrejei
Talvez porque tinha mesmo vontade, mas principalmente pra fugir da sociedade
Que me quer numa novela, que precisa que eu fique com ela
Não entendo porque, pois vejo que ela, bem ela que eu desdenhei
Está muito bem, obrigado, olhar brilhante sorriso dobrado,
E também paga tanto pecado, mas ri e já não cuida do que fala,
Pois mesmo que chute meus culhões
Todos juntarão os pés, os dedões,
E jurarão que é por amor”
Por : Dora
