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Nó Cego e Bengala de Cego

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Meu outro eu


Sempre fui uma pessoa bem equilibrada, aparentemente
Mas tem horas que minha adrenalina sobe
Não precisa de muita coisa não
Basta dar um escorregão
E lá vem meu outro eu, com um belo cuturnão
Ele, o outro eu, não gosta muito de ser desafiado
Muito menos, ser humilhado ou servir de gozação
Ele vira um gigante que nem eu sei da sua força
Perde a cabeça na hora, vira a mesa e mostra suas garras
Enquanto eu, temo qualquer revanche
Meu outro eu, não tem medo das consequências
Ele não mede os riscos, muito menos o sacrifício
Parte pra luta tal qual um leão
E se ferirem a sua cria não há quem segure não
Existe uma linha tênue que nos separa e nos une
Vive sempre esticada mas sem perigo de arrebentar
De um lado a razão do outro pura emoção
E no desiquilibrio sempre quem ganha é a emoção
E aí meus caros amigos, saio distribuindo safanões.

Por: Nó&Bengala


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