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Nó Cego e Bengala de Cego

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"O CARA"



"Eu sou o cara".
"Eu sou o bom".
Eu sou o cara porque dou a cara à tapa. (acreditas?)
Eu sou o bom porque, bem, porque é meu dom.
Dom que adquiri do meu pai, que tudo topa.
Topa tudo porque ele é que dá o tom,
e eu vou igual a um animal que galopa.
Mas voce não galopa, voce corre!!!
Galopeio de dia, mas à noite corro.
Corro para as cores em rosa do cenoura,
porque se não correr, eu morro.
Corro porque gosto da vitamina "C",
sem ela não consigo viver.
Como dou a cara à tapa (acreditas?), vou por etapa.
Beijando aqui e recebendo lá.
Como não engorda, não preciso usar a bata.
Só preciso ter cuidado com a Ka.
Tirando isto vou vivendo, porque sei que dá.
Neste caminho que ando tô ficando famoso,
me chamam até de mentiroso,
onde acho que isto é até dengoso!!!
Se me incomodarem chamo os fraternos
que prá mim são eternos
pois quando recebem uma ordem vão até o quinto dos infernos.
Nesta fase tem também subalternos,
os quais, por mim, comem até chinelos,
para que eu possa fazer polichinelos.
Filho? Arranjarei um, só prá ficar.
Ficando algum tempo o povo, que é chato, olvidará,
pois não tenho o dom de procriar
e a coragem de me tratar sempre faltará.
Gosto desta vida de interrogações,
vem de encontro ao que faço,
ou seja, bonecos com várias feições,
e entre elas está uma que é a minha: PALHAÇO.
Na minha árvore de Natal,
que é muito grande, por sinal,
estão pendurados, o que é normal,
os fraternos, a Gema, a Kachorra,
e aquele que não consigo esquecer, o CENOURA.

Acyr Gomes

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