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Nó Cego e Bengala de Cego

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

FARRA NO BALCÃO



Aqueles que trabalham em bar
precisam de um balcão para servirem.
Mas o lado negro descobriu o balcão para badalar.
Haja espaço para tantos usufruirem.
Este balcão, em questão,
serve também como cenário
para qualquer tipo de badalação
pois a pinga dá impulso para o imaginário.
Pano de cortina e muita, mas muita banha,
são os quesitos de D. Gema
que bamboleando no balcão nem se acanha
com as passadas iguais a uma seriema.
O pato aparece, como sempre, com àquela careta,
e com o escorrer das babas pela boca tamanha,
parece mais um capeta,
e o fedor que exala do seu corpo logo se assanha
dando idéia de uma sarjeta,
completando o cenário uma baita piranha.
Peço perdão ao Dante,
mas seu inferno ficou devendo
a este grupo tão ignorante
que só vive escrevendo
páginas num cenário agravante
de sordidez difícil de acreditar, mesmo lendo.
O seu habitat é o chiqueiro.
Os porcos andam reclamando
desta intromissão, agora corriqueira,
da família fandango.

Acyr Gomes

livefyre