quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
JURERE
Jurere ficou jururu.
Isto porque a bebida não chegou
prá tanto urubu,
ficando a dúvida, qual pato pagou?
Turma sem noção é esta do cais.
Bolam as suas farras, mas só levam rasteiras.
Alguns, mesmo assim, não faltam jamais
prá acompanhar esta corja que só vive nas ratoeiras.
Lama, gato e muito lixo
fazem parte do cotidiano deste porto
que tem lugar fixo
porque tem sempre maldade no parto.
O muro da verdade já ruiu.
Seu palavriado mais comum é PQP,
causando muitos estragos naquelas que acreditaram
nas mentiras do pato e até juraram
dar seu sangue, suor e lágrimas
para aquele de muitas lástimas.
Sujeito sem noção.
Sujeito sem coração.
Que só fica, por ficar
e as mulheres enganar
nesta sua estrada que ao findar
nem o diabo vai querer estar.
O amor ao próximo não faz moradia
no órgão do seu corpo
que está enegrecido dia após dia
pelas falcatruas que é seu escopo.
Triste ser que às vezes sentimos pena de ver.
Suas atitudes de Kiança
nos faz até temer
um final triste, onde não visualizamos qualquer mudança.
Acyr Gomes