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Nó Cego e Bengala de Cego

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vida de mulher


Vida de mulher porreta é assim,
Dia amanhece e já parece curto demais.
Cadê tempo para fazer tudo o que passa por esta cabeça louca?
Cadê fôlego pra acompanhar esses passos?
Eles me vêem, mas não sabem o que me vai à mente,
Por que ela fervilha de planos, de idéias, de vontades...
Eles copiam meus atos, mas quando alcançam algum lugar por onde já passei,
Eu já estou longe, já voei, cumpri, realizei, aconteci, fui!
Eles chegam por onde já passei como quem alcança um grande objetivo,
Para mim, foi só um passo, uma linha da agenda, um momento...
Tanta coisa depois disso...
O que foi uma vareta do meu leque,
É grande realização dos que nada mais têm a oferecer.
Que fiz bonito, isso eu fiz, sou mulher porreta, e linda!
Mas já foi, o mundo é grande!
E fui em frente, movimento constante, o coração pulsando,
Não paro, tenho muito em mim, posso ir muito mais além.
Sigam se quiserem, se puderem, se tiverem algo mais a mostrar,
Mas me desculpem, não vou parar e esperar, não vou olhar para trás,
Meu combustível é a minha capacidade, meu potencial,
E essa inquietante sina porreta que Deus me deu,
Gostaram de me seguir? De me imitar? De copiar meus passos?
Como foi imitar minhas roupas? Meu biquinho? Minhas frases?
Como é a sensação de barganhar um lugar ao sol?
Pergunto sinceramente, pois não sei. Não barganhei, conquistei.
Quero saber como é porque não faço trocas, sou porreta,
Chego aos lugares com meus próprios pés.
Eu sou, simplesmente sou!
Tentem se quiserem, se joguem, se esforcem, mas...
Querer não é Ser, parecer não é Ser, imitar não é Ser,falar não é Ser.
Podem me seguir, podem se arranjar, podem até se enturmar.
Mas Ser... será que isso se compra, se troca por alguma coisa?
Não posso responder, pois Sou, sempre fui, sempre serei.

Por: Dora PS

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