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Nó Cego e Bengala de Cego

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Arbitrário?




Do seguinte modo: a razão não é o único instrumento na procura da verdade. É?
Defender-se a razão enquanto a única ou a melhor via para a verdade sem argumentar de forma circular. Logo, aceitar ou não a razão e o pensamento crítico é uma questão de preferência pessoal ou arbitrária.

Aceitar este tipo de argumento pode encarar razão e o pensamento crítico como importantes e interessantes. Pessoas pensam que não é possível decidirmo-nos, com base em quaisquer princípios, a favor de um dos jogos em detrimento de outro.

O argumento centra-se no suposto dilema de defender ou acusar. A primeira alternativa do dilema é circular, a segunda arbitrária. Logo, conclui o argumento, não se pode defender a razão (nem levantar objeções à “desrazão”) de forma apropriada.
Mas com certeza que temos de considerar a alternativa: como poderemos defender a “desrazão” ou a tradição. Autoridade e/ou Revelação?
Uma vez mais, um dilema: ou o fazemos racionalmente ou não. Se há boas razões a favor da tradição, autoridade e experiência, então estas não são formas a-racionais de procurar a verdade. Nesse caso, vale limitar ou alargar o domínio da razão. Se, por outro lado, defendermos usando a razão ou a falta dela, estaremos a usar o mesmo modo circular de raciocinar que usamos para defender a razão. Assim, qual das alternativas é melhor? Defender a razão circularmente ou defender simplesmente a “desrazão”?

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