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Nó Cego e Bengala de Cego

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Idade da razão


As vezes nem percebo,
Mas sou extremamente áspero
As vezes nem percebo
Mas tenho meus segundos de loucura
E nestes momentos tenho vontade de sumir
Cair no mundo, deixar tudo para trás
Não lembrar de nada, ser um novo rapaz
Talvez recomeçar de novo com menos futilidades
Ou mesmo deixar para trás uma vida de inutilidade
Me pergunto nestas horas o porque de tanta mediocridade
A gente o tempo todo tentado ser alguém na vida
Tendo que se esforçar para ter um lugar ao sol
Trabalhar, estudar, batalhar, ser extremamente social
Mas quando paramos para pensar, tenho minhas dúvidas
Vale a pena tanta loucura, tantos objetivos, tanto desassossego
Queria que as vezes minha vida tivesse sido diferente
Quem sabe ser uma pessoa mais inocente
Quem sabe ser uma pessoa menos consciente
Quem sabe ser uma pessoa menos coerente
E assim não ter uma visão tão clara do que fazemos as vezes
Para conquistar vários objetivos na nossa vida
As vezes se render ao inimigo, as vezes se vender
As vezes passar por cima de convicções
E desta forma sofrer ao se submeter
E ficar com a sensação de ser um canastrão
E passado alguns anos ,quando chega a idade da razão
Sentir que nada disto fez sentido
Que tudo foi um grande mal entendido
E que de nada valeu tanta humilhação.

livefyre