Quando nos preparamos para assistir um espetáculo, uma ópera, por exemplo, criamos expectativas do quão bom este será. Vestimos-nos com nossa melhor roupa, usamos nosso melhor perfume, buscamos uma companhia agradável para compartilhar conosco aquele momento único. Mas ao prostar-nos diante do palco, por algum motivo, não gostarmos do que estamos vendo, vem o gosto amargo da decepção, da desilusão. Pensamos, droga perdi meu tempo com isso! Mas quando somos nós mesmos os protagonistas? Aquele gosto amargo transforma-se em dor, em sofrimento. Não ouvimos os aplausos, a platéia ficou inerte. As cortinas se fecham e as acusações começam. De quem será o ônus deste fracasso? Um dos protagonistas culpa o outro. Você não se empenhou o quanto deveria, para merecer o aplauso! O outro se cala por que sabe que se empenhou tanto quanto poderia e sofre. E quanto aos espectadores o que acham? Qual dos protagonistas culpam ? Nenhum. Por que os dois são culpados. Ambos não se empenharam o quanto deveria. Um é culpado por achar que fez tudo, e jogar a responsabilidade para o outro. Como assim? Sempre há o que fazer, mais uma chance a dar! O outro por ceder demais e dá sempre razão para aquele que se julga o melhor, inferiorizando-se, normalmente quem assim age é por que está mais envolvido, por que ama mais e sofre mais. Principalmente quando se projeta neste espetáculo, sonhos, objetivos de uma vida. Numa relação, torna-se mais complicada e dolorosa, quando outros se envolvem, achando-se senhores da razão e no direito de tomar partido e acusar. Quem sabe deles são eles mesmos. Família, “amigos” falam aquilo que será bom para os seus só olham para um dos lados. Só tendem a piorar a situação. E o que era pra ser apenas uma discussão, um briga, torna-se uma guerra, onde todos saem feridos e magoados. Aqueles que se calam e agem com cautela o fazem sabiamente, por que onde tem sentimento envolvido, o melhor mesmo é calar-se e esperar para ter certeza do que realmente se quer e o que se sente. Ainda que todos cobrem, isso é firmeza de personalidade e caráter. Se for o perdão, tudo bem se você for ficar bem! Se não, ótimo também, o que importa é você ficar bem. A torcida por sua felicidade continua. Depois de uma noite turbulenta, vem sempre a serenidade de um novo dia.
By: Lamparinas acesas...