Mas olha, vou falar...
Estou de mau humor,
Talvez seja a lei contra o cigarro
Sim, me afeta, perdi a estribeira
Talvez seja o sol lindo lá fora e essa reunião que não termina
Vejo pela janela que o Rio continua lindo,
Que o povo carioca trabalha pra kaceta
Que as ruas do centro velho estão fervilhando de gente
Os ônibus continuam lotados, o povão na luta desde cedo
E este mar, que não perde sua beleza, seu encanto, sua magia?
No intervalo, entro disfarcadamente e para buscar as novas,
e vejo esses personagens sórdidos e previsíveis,
Cadê que são representantes da cidade maravilhosa!
Ociosos, ignorantes, baixos, inúteis
Nem vou me aborrecer, não posso, estou em abstinência,
Não vou ao chat, não clico na entrevista, não vejo as fotos
Principalmente destes envolvimentos triangulares
Campeão , sua ficante pseudo loura,
Com seus pseudo olhos azuis, pseudo, pseudo, pseudo até...
E mais algum item horti-fruti baixo nível, baixo astral
E agora me vem esse do pornô? deu!
Melhor olhar este mar, este céu lindo, essas montanhas,
E os verdadeiros personagens que formam a vida carioca,
Essas formiguinhas cheias de bossa que assisto do décimo - segundo andar
Não vou olhar este estereotipo torpe do carioca indolente,
Veja que nossa gaucha já sacou o Rio, trabalha e se diverte,
Faz amigos, vai de mansinho, não perde o rebolado,
Encara o batente e não dá trela pra mau-malandro
Dessa festa pobre, podre,
Desse nonsense deslumbrado, passo longe,
Inteligentes as ceguetas, dou risada da depenação
Pandegas as Ceguetas!!!!
Não sou do Rio, mas conheço este lugar não é de hoje
Esta triste família e agregados não pertencem ao meu cartão postal particular
Depois de amanha volto pra casa, missão cumprida,
Amigos revistos, paisagens no coração,
Esse é meu Rio querido, esses maus- malandros não entram na minha foto,
Carioca tem seu jeito, pergunte a Chico, pergunte a Tom, a Vinicius,
Eles já cansaram de falar,
Agora me vêm dizer... ai espero que sumam, espero que
Sejam felizes em seu mundinho,
E que sejam de Marte, de Saturno, ou de qualquer lugar virtual,
Pois com este Rio lindo, não combinam,
No Rio que eu sei, e que me sabe, não entram, eu não admito
Que não mencionem este lugar em suas porcas entrevistas, chats
Ou chatices em geral, que não representem, não tragam mais idiotas pra cá...
Vou voltar logo e vou vigiar,
E olha só:
Seu dinheirinho, sua pouca fama, seu `siachismo` podem abrir as portas de boate,
podem comprar carninha de churrasco, podem gerar o retrato e clique que for
Mas no baile do meu cartão postal, da minha paisagem ,
No Rio de Janeiro que habita em mim,
Vem não rapá, passe bem longe e bem reto,
Nada fale, fique quieto.
Aproveite, você e seu cenourao patético,
Fique um e outro bem quieto,
No meu mau humor, nesta reunião tediosa, com esta vontade
Insana de me envenenar com um cigarro,
Estou mentalmente espetando você, seu cenoura, seu pornô, seu goiaba,
Sua ficante... em uma varinha.. comprida e bem fininha
E mergulhando e tirando do mar, mergulhando e tirando do mar, mergulhando e tirando do mar...
Oooops, a varinha escapou! Que bom... vou almoçar!
Por : Dora