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Nó Cego e Bengala de Cego

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O leão do circo



uma história vou contar
e confesso sem pedir licença
para as pessoas envolvidas
ou mesmo para a protagonistas
como não vou ser indiscreta
os nomes não vou citar
e se algum declinar
saibam que não é o correto
mora aki em Santos
uma familia tradicional
o pai era ourives
o atual designer de jóias
que aki já não mais está
a mãe? a tradicional do lar
com 5 ou 6 filhas a criar
e todas muito bem criadas
alem de saudáveis e educadas
tiveram a chance de bem estudar
professoras e jornalistas
todas bem encaminhadas
como dizia meu pai
entre elas o que ocorreu
e que aki vou contar
foi com talvez a mais nova
mais mimada e acarinhada
que jornalista se formou
e nessa campo trabalhou
e o que vou relatar
é um ocorrido faz tempo
quase ninguém dos mais jovens
tinham carro pra se deslocar
usávamos os ônibus da cidade
era o meio comunitário
e ali dividíamos o espaço
com todo tipo de gente
e a tal jovem do jornal
tinha lá suas manias
era a escrava da higiene
no coletivo evitava
no corrimão segurar
dar a mão a um amigo
ou qlq pessoa que a obrigasse
e beijinho no rosto então
akeles tradicionais
estes assustadores
pra moçoila encarar
ao chegar em casa ou no trabalho
se seguia um ritual
lavar as mãos , o rosto
e ainda com álcool desinfetar
hoje tenho consciência
de que era mais do que mania
mas não ouso uma doença diagnosticar
em razão de tanta fobia
no ônibus ao se sentar
escolhia um assento
junto a janela e nada mais
para tentar um bom ar respirar
eis que se encontra lépida e faceira
na janela respirar
qdo escuta um som alegre
uma banda de musica a anunciar
a visita de um novo circo
para a cidade alegrar
e a moça bem curiosa
estica o pescoço a olhar
qdo se depara com uma jaula
com um leão a abrigar
e o macho sem polidez
esta com a perna levantada
e a pata na grade encostada
e urina um belo jato
que veio no seu rosto calhar
se foi ironia do destino não sei
mas que disso muito rimos
embora que condoídas
pelo sofrimento alheio.

livefyre